by Vítor Manuel Esteves Flores
Coleção: Livros LabCom
Ano da edição: 2007
ISBN: 978-972-8790-79-0
Preço da edição impressa: € 20
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Sinopse
Nos anos 60 a corrente minimalista concretizava as suas formas geométricas em volumes de grande escala com uma aridez e simplicidade que chocavam o grande público, ocupando massivamente o espaço de exposição de muitos museus nos Estados Unidos e na Europa. Mas é no final desta mesma década que começam a realçar-se um conjunto de conceitos, de materiais e de técnicas de produção que dão à obra uma aparência mole, inacabada, e que passam a fazê-la depender do seu espaço exterior, da luz ambiente e da experiência do espectador. Robert Morris terá sido dos primeiros minimalistas a operar estas transformações e a romper com as principais normas do modernismo estético que o minimalismo praticava. Este livro vem abordar a problemática da transição do minimalismo para o pós-minimalismo, tema essencial para as reflexões contemporâneas sobre a arte, a técnica, o design e a arquitectura, e que terá lançado as principais questões que fundam o género artistico da instalação e, de um modo geral, de todas as artes tecnológicas.Índice
Prefácio 1
1 A experiência da forma 5
1.1 Introdução. A crise da representação, a redução e o infra-realismo: premunições minimalistas 5
1.2 A confirmação da crise: a reivindicação do puro e o minimalismo 16
1.3 A estética do meio: o feio, o ocaso da mediação e a tirania da forma/do meio 22
1.4 Corpus para a génese do minimalismo: ensaios de Judd, Morris e Fried 31
1.5 Robert Morris: a ruptura com a autonomia da obra – o espectador 35
1.6 A construção de um novo espectador: a queda e o embarque, a repressão e a pesquisa do “eu” 47
2 Operação Anti-forma e Pós-Minimalismo 65
2.1 O amolecimento generalizado, a desconstrução e a anti-forma 65
2.2 Obras em “desconstrução” e em anti-forma 72
2.3 “Informe”, operações da anti-forma e o estatuto “sublime” 82
2.4 “Works in Progress”: Continuous Project, Boxe Cardfile 98
Sinais para um outro corpo 109
3.1 “Interzona”: da caducidade da carne ao pós-corpo. A crise do corpo moderno 109
3.2 A radicação do corpo na matéria: a sua percepção pela obra. 1a fase “minimalista” (1961) e performances 118
3.3 Corpo e mente, a actualidade de um dualismo ancestral. A insuficiência científica 124
3.4 A supremacia do corpo: I-Box, Portrait e Self-Portrait (1962-63). Da desorganização à transparência da carne 131
3.5 Decalques e índices (1963). O corpo e a tactilidade: fenomenologias da experiência e da auto-percepção 141
Bibliografia 149