O Pensamento de Carl Schmitt
Desde as suas primeiras publicações, nos anos 10 do século passado, que a obra de Carl Schmitt provoca reacções de fascinação e aversão, admiração e polémica. As posições tomadas pelo jurista alemão nos primeiros anos do período nacional-socialista contribuíram para acentuar a aura diabólica e agudizar as polémicas. Mas, para além das controvérsias suscitadas por alguns episódios da vida e pelos conceitos mais marcantes da obra, e qualquer que seja a posição que se tenha em relação a eles, não se pode ignorar a força das categorias criadas por Carl Schmitt para pensar o fenómeno político nas suas relações com o religioso, os fundamentos do Estado moderno e a sua crise, a modernidade e a sua cultura. Estas Jornadas Carl Schmitt não visam alimentar polémicas demasiado esquemáticas bem conhecidas, mas, sobretudo, avaliar a pertinência presente de algumas categorias schmittianas e o impacto de um pensamento, cuja importância está patente nas marcas que deixou nas suas obras de inúmeros pensadores do século XX - tanto "amigos" como "inimigos" deste autor.
Programa
Programa
24 Maio
14h30 Moderador: António Fidalgo (UBI)
José Augusto Mourão (U. Nova de Lisboa)
A doutrina política de S. Tomás de Aquino
João Vila-Chã (u. Católica P., Braga)
O problema da Teologia Política: Erik Peterson e a tese da sua impossibilidade
Edmundo Balsemão Pires (U. Coimbra)
A Modernização Política e a dessubjectivação do Poder como Naufrágio da Filosofia: Hegel - Schmitt - Derrida
17h15 Moderador: Rui Bertrand Romão (UBI)
José Manuel santos (UBI)
A forma e a Violência: Notas sobre as relações do Político e do Estético em Carl Schmitt
Montserrat Herrero López (U. Navarra, Pamplona)
Carl Schmitt e a quetão da legitimidade
Alexandre Sá (U. Coimbra)
Poder e razão na génese do pensamento político schmittiano
25 Maio
10h00 Moderador: José Manuel Santos (UBI)
José A. Bragança de Miranda (U. Nova de Lisboa)
Crítica das relações entre técnica e estética no pensamento de Carl Schmitt
António Bento (UBI)
Estado e técnica em Carl Schmitt e Ernest Jünger
Rui Bertrand Romão (UBI)
Uma leitura schmittiana de "O Novo Príncipe" de Gama e Catro