Emergência e Autonomia do Político
O IPF - Instituto de Filosofia Prática da Universidade da Beira Interior, em colaboração com o Instituto de Filosofia da Universidade do Porto, está neste momento a preparar um Colóquio Internacional sobre a Emergência e Autonomia do Político no tardo-medievo e na protomodernidade, a realizar nos dias 25 e 26 de Novembro de 2010, no âmbito das linhas que estão a ser investigadas pelo IFP, como sejam «A Acção» e «A Natureza do Político».
O objectivo principal é identificar e examinar como uma nova concepção do Político se afirma progressivamente na Baixa Idade Média e na Proto-Modernidade. No encontro e no confronto de diversas tendências políticas, jurídicas, filosóficas e teológicas, pelo menos desde a fundação da Universidade de Paris, em 1215, até ao debate público na Florença de meados do século XV, no rescaldo da queda do Império Romano do Oriente (1453), advém uma novel visão do mundo, do homem e da transcendência.
Assim, o convite à participação neste diálogo científico visa ganhar massa crítica para explorar as ideias geradas durante este período. A christianitas enfrentou então o desafio da complexidade e da dissensão interna, devendo repensar desde os fundamentos a natureza e a origem do poder espiritual e temporal, e encontrar o tempo certo para a decisão revisitando a cardeal virtude primeira da Prudentia - a recta ratio agibilium ou a elegante arte de decidir recta e adequadamente. A perspectiva abriu caminhos para uma sociedade mais aberta e plural.