by Luís Nogueira
Collection: Ars
Year of edition: 2002
ISBN: 000-9209-00-0
Price of the print edition: € 25
Order
Download PDF - 540 KB
Synopsis
Não apenas no cinema, não apenas na televisão, mas como um fundo sígnico e cerne temático, a violência atravessa todas as formas de expressão, identifica inúmeros ethos e revolve incontáveis pathos, imiscui-se em vastas visões do mundo e inquieta, de uma ou outra forma, todas as almas receptoras. Há uma tradição de intimidade entre as filosofias da acção e as práticas artísticas, entre o acontecimento e a sua mediação estética ou jornalística. A arte especula sobre o mundo, o agir e o devir, representa-os, apresenta-os, reflecte-os, condiciona-os. Nesse processo bidireccional (poderíamos dizer dialéctico, uma dialéctica entre factos e narrativas que parece nunca encontrar termo ou clausura), a violência não é factor de importância menor; pelo contrário, é paradoxo, questão, quase imposição e tentação.
Index
Agradecimentos
9
Introdução
11
I. Violência na Forma: a Monstruosidade
21
I.I. Alteridade Ética e Hostilidade Visual
21
I.II. Monstro e Inimigo: reversibilidades
25
I.III. A Violência Militar e o Adestramento das Forças
30
I.IV. Bestiários Herdados
39
I.V. O Sublime, o Barroco e a Informidade
46
I.VI. O Monstro no Útero e o Corpo Mutante: A Mosca
51
I.VII. O Abjecto Íntimo: Naked Lunch
57
II. Dor e Soberania: a Violência Sobre Si Mesmo
63
II.I. O Suicídio como Projecto: Leaving Las Vegas
64
II.II. O Sacrifício Amoroso: Breaking the Waves
70
II.III. A Falta Insuportável: M. Butterfly
79
II.IV. A Falência da Comunicação e a Morte: Falling Down
86
II.V. Abandonado de Deus: Bad Lieutenant
93
II.VI. Uma Comunidade Pulsional: Crash
105
II.VII. A Violência e a Radicalidade da Vida: Fight Club
113
III. Figuras e perfis: um Imaginário da Violência
129
III.I. Travis Bickle:um cruzado na cidade
130
III.II. John Doe: violência, projecto e manifesto
138
III.III. Hannibal Lecter: o canibal aristocrata
146
II.IV. Alex: a amoralidade total
157
III.V. Mickey e Mallory Knox: o assassínio como acto puro
167
III.VI. Max Cady: violência sofrida, inscrita e exercida
175
III.VII. Don Corleone: autoridade e reverência
183
III.VIII. Tom Ragen: gestão das forças
191
III.IX. Robocop: a invulnerabilidade e a infalibilidade
197
IV. Visões do Fim e do Medo
203
IV.I. Um Itinerário Urbano da Violência
204
IV.II. A Cidade-inferno e o Reino do Anti-cristo
209
IV.III. A Insurreição do Artefacto
213
IV.IV. A Utopia da Cidade Nova
219
IV.V. A Presunção da Extinção da Violência
224
IV.VI. As Trevas da Metrópole
229
IV.VII. O Mal na Casa de Deus
235
Conclusão
241
Bibliografia
249
Entrevistas
251
Críticas e Artigos
253
Filmografia
255