Sartre entre séculos

Sartre foi um dos homens  do seu Século, e talvez o Século tenha sido mesmo de Sartre. Mas Sartre também foi um dos malditos do seu tempo. Atesta-o o longo esquecimento que sobreveio à sua morte. Por isso, quando se comemora o seu centenário, talvez o  mais importante sejam os 25 anos que nos separam da vida de Sartre. Essa distância, que desapaixona os olhares, permite regressar sem militâncias, mas também sem condescendências, à obra do filósofo para perguntar se haverá hoje uma herança sartriana a resgatar. E são muitas as vias pelas quais o pensamento de Sartre pode não ser apenas uma memória para o novo Século. Na crítica das práticas psicanalíticas, na necessidade de uma ética capaz de enfrentar dilemas, na discussão do que possa ser a consciência humana - problemas cadentes da actualidade filosófica -, Sartre continua a dar uma resposta original através de uma fenomenologia da existência humana, das suas condutas e das suas possibilidades de ser no mundo.

UBI, Pólo I, Sala dos Conselhos

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